domingo, 27 de janeiro de 2008

Vala comum.

(Ora pois... Posto mais uma daquelas bestiais crônicas do meu labor, enquanto caminho pelo Largo São Bento atrás de uma pá de boa qualidade para levar a cabo o projeto narrado nas linhas abaixo... Bom carnaval para todos.)

Vala comum.




Sentado aqui, como sempre, vendo o mundo, sempre o mesmo grande e eterno mundo passando pelos meus olhos. Desta vez sem ressaca, sem pessoas interessantes aparecendo, sem casos novos para narrar. Sem mediocridade e sem emoção. Nem ironia, nem poesia. Só sentado. Começo a divagar, pensando em alguns filmes, filmes A, filmes B, D E F G. De Niro naquela primeira cena do Touro Indomável, no ringue, belíssimo. Recordo-me de Mohamed Ali. Depois, a cena do astronauta em 2001, flutuando pelo corredor da espaçonave, indo rumo ao desconhecido.
Fico aqui, pirando, e me vêm à cabeça algumas personalidades do cinema que, por exemplo, poderiam facilmente ser enterradas naquilo que costuma se chamar de “vala comum”. É isso. Vamos lá, tecer uma lista, mas só do cinema, senão teria que escrever o maior obituário já feito na história da humanidade, maior até do que Auschwitz. Vejamos.
Por Exemplo, e encabeçando a lista, Kurt Russel. Esse poderia ser enterrado numa vala comum tranqüilamente. Ultimamente fico pensando nesse puto, nem sei por quê. Ah, já sei, por causa do Tango e Cash que narrei em outra crônica. Bem, continuando: Chuck Norris ia junto, sem dó nem piedade. Matou tanta gente em seus filmes que merece, VALA COMUM PARA ELE, MINHA GENTE! O Bruce Willis com aquele olharzinho de lado que cena sim cena também ele faz, isso em todos os seus filmes. Spielberg é outro, tanta grana e uma razoável inteligência, e só faz merda (e não me venham com essa de que Contatos Imediatos é um bom filme). Quem mais? Charles Bronson, Daniel Filho fácil, Schuaznegger, até o Zé do Caixão (só pra criar polêmica), Oliver Stone junto deles, pois também no me piacci. George Lucas, Sandra Bullock, o Shrek, o Mickey Mouse e a turma toda. O Wagner Moura também seria outro, se não tivesse feito tão bem o seu papel no filme Tropa de Elite. Dolph Lundgreen (acho que é assim que se escreve o nome desse canalha), Martin Sheen, seu pai, os três irmãos Baldwin, seus pais também. Pelé também fez filmes, ora bolas! Vai junto com a galera. Renato Aragão será incinerado, e suas cinzas irão virar adubo também, numa vala comum, óbvio. A Xuxa e todos os seus duendes cabem numa vala só, economizando espaço e trabalho para o coveiro. Até a filha, aquela que não cresce nunca vai junto, todo mundo, família feliz. Vamos lá, pensando... Ah, Bem Afflet e aquele outro que sempre faz filmes com ele, não me lembro o nome...O baixinho, sabem? Steven Segal, como não pensei nele antes, caralho! Eddie Murphie só não vai porque Um príncipe em Nova Yorque marcou época, senão ia já... Stallone e sua boquinha de coitado pedindo socorro também, óbvio... Aquela boquinha é a vergonha estadunidense, a vergonha nacional! Vamos lá, pensando... Ah, já basta! É isso. Qualquer dia desses acrescento mais nomes à lista... Vou fazer melhor: vou fazer uma enquete na minha banca, pondo uma lista dos verdadeiros canalhas da história do cinema que merecem ou mereceriam ser enterrados em tal condição. Conto o desenrolar dessa história numa próxima crônica. Continua...

Franco Chiariello, profissão: coveiro.

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